domingo, 5 de junho de 2011

Inconstante Tempo (navegar é preciso)

 Aos meus amigos marcianos,
que possuem uma ferramenta de comunicação muito mais avançada.
        

     
     Cada geração acompanha o seu tempo. Não é costume juvenil escrever uma carta. Uma carta requer tempo, tempo para escrever e para o envio dela. Com a freqüência das necessidades capitalistas, a sociedade passa a andar simultaneamente ao tempo, logo, a internet se torna grande aliada social. Digitou, recortou, colou, enviou. Taí o email. Taí o escarcéu de informação e subitamente o Tempo, repetidamente, tempo.
     Para o século XXI é muito mais coerente se expressar numa rede que mais parece uma teia de aranha, ou melhor, um emaranhado de opiniões, de links muitas vezes fragmentados. Esta rede é uma representação da mente humana, na qual têm que ser organizadas e selecionadas as informações conforme as necessidades do "computador pensante".
     Postar, esta é a palavra da minha Era, que tenta driblar o tempo comercial. Em outra Era, o maior drible estava relacionado ao valor econômico da folha de papel e da tinta, por isso que, em muitos arquivos da antiguidade, as palavras eram abreviadas, mas, hoje, por conta do relógio coercitivo a abreviação ou, melhor dizendo, o Internetês é feito em alguns emails, blogs, orkuts, sites de relacionamento e em outros meios de comunicação.
     Do âmbito das cartas à leitura do texto digital, pouca coisa mudou, mas a mudança é significativa. A distância entre o articulador e o receptor continua imperando, porém os vídeos "mortos" ou ao vivos vão reparando a ausência do outro em curto espaço de tempo, mas em longa malha textual cada vez mais livre.
      Existe um sistema, a adequação ou não a ele é o que contribui para os hábitos em sociedade, é claro, que esses hábitos são mutáveis e a mutação se dá com a coerência das exigências da humanidade. Navegar, hoje, é mais prático. Isso é o óbvio na teia textual do inconstante Tempo.
                                                
                                                                                                                          Jádison Coelho


É...eu disse:
Navegar, hoje, é mais prático.



quinta-feira, 26 de maio de 2011

Numa bolseta, o mundo.

       No abrir do zíper, um passear num mundo de utilidades. Um mundo encaixado numa bolseta. Como? Será possível? Mais que possível! As mulheres conseguem guardar tudo dentro de suas bolsetas, e não há aquele homem que se sinta de “mãos nas costas” perto de uma mulher que traz consigo uma arma cheia de utilidades para salvar o incompleto mundo. Essas utilidades são precisas em qualquer lugar. Precisas? Sim. Uma geladeira é precisa, um colchão também, principalmente o arsenal de maquiagem, a fábrica de papéis e canetas, a certidão de nascimento, remédios e, claro, não poderia esquecer os cartões de crédito, que são verdadeiros confidentes do humor feminino. Mas o hilário é que tudo isso se comporta dentro de um mundo mais que possível, o da bolseta feminina.
-AAAAiiiii -um escarcéu de exclamações- minha unha quebrou amiga, cê tem uma lixa?
-Tenho, péra um pouco. Vou procurar na minha mini bag vermelha com metais dourados zíper vertical de caimento moderno da Victor Hugo no valor de mil quinhentos e noventa e cinco e trinta e sete centavos. (Ufa!!!) -revirando a bolseta tira vários objetos- meus três celulares, minha maquiagem, o sacana do meu marido.
-É a foto dele?
-Não, é ele mesmo, quer emprestado para ir a uma festa? Tome!- e continua - uma conta do analista pá pagar, a advertência da escola do meu filho, meu filho...
(três horas depois)
-Uma torta, geladeira, fogão, sofá, televisão, livros, computador...
(três, dois, um minuto depois)
Uma lixa. Achei!!!
(pausa dramática)



-Nossa Senhora da bolsa amiga que lhe dê em dobro. Você salvou o meu dia. Não poderia ir pú trabalho com essa unha quebrada.

        Mulheres... Tão objetivas e simplistas, tão donas do mundo. Mulheres... Ah mulheres. O que seriam delas sem uma bolseta.

                                                                            Jádison Coelho

terça-feira, 24 de maio de 2011

BANANA

Jádison Coelho


Minha terra tem bananeiras,
mas o macaco não mora lá
As rolinhas daqui pimbam assim, pimbam daqui, pimbam acolá
Quem não furta fode,
fodere banana daqui, fodere bananas acolá.

Minha Terra tem Brasília,
banana é o que mais dá.
Banana da terra, d’água, assada, apimentada feito comida de sabiá.
Banana em bananada
é banana pro povo de lá.

Yes, we have banana,
Pois tem banana no meio do caminho,
no meio do caminho tem cachos de banana.
Banana no meio do caminho é bananada,
ÊÊÊtaaa bananaAL !!!

Não gostou?
Tome banana
polêmica e discussão,
já sei que da banana não abres mão.

Mão, pela fome, pelo braço dobrado,
pela audácia em régua sem compasso
Né banana que queres?

Então descasca essa