No abrir do zíper, um passear num mundo de utilidades. Um mundo encaixado numa bolseta. Como? Será possível? Mais que possível! As mulheres conseguem guardar tudo dentro de suas bolsetas, e não há aquele homem que se sinta de “mãos nas costas” perto de uma mulher que traz consigo uma arma cheia de utilidades para salvar o incompleto mundo. Essas utilidades são precisas em qualquer lugar. Precisas? Sim. Uma geladeira é precisa, um colchão também, principalmente o arsenal de maquiagem, a fábrica de papéis e canetas, a certidão de nascimento, remédios e, claro, não poderia esquecer os cartões de crédito, que são verdadeiros confidentes do humor feminino. Mas o hilário é que tudo isso se comporta dentro de um mundo mais que possível, o da bolseta feminina.
-AAAAiiiii -um escarcéu de exclamações- minha unha quebrou amiga, cê tem uma lixa?
-Tenho, péra um pouco. Vou procurar na minha mini bag vermelha com metais dourados zíper vertical de caimento moderno da Victor Hugo no valor de mil quinhentos e noventa e cinco e trinta e sete centavos. (Ufa!!!) -revirando a bolseta tira vários objetos- meus três celulares, minha maquiagem, o sacana do meu marido.
-É a foto dele?
-Não, é ele mesmo, quer emprestado para ir a uma festa? Tome!- e continua - uma conta do analista pá pagar, a advertência da escola do meu filho, meu filho...
(três horas depois)
-Uma torta, geladeira, fogão, sofá, televisão, livros, computador...
(três, dois, um minuto depois)
Uma lixa. Achei!!!
(pausa dramática)
-Nossa Senhora da bolsa amiga que lhe dê em dobro. Você salvou o meu dia. Não poderia ir pú trabalho com essa unha quebrada.
Mulheres... Tão objetivas e simplistas, tão donas do mundo. Mulheres... Ah mulheres. O que seriam delas sem uma bolseta.
Jádison Coelho