
que possuem uma ferramenta de comunicação muito mais avançada.
Cada geração acompanha o seu tempo. Não é costume juvenil escrever uma carta. Uma carta requer tempo, tempo para escrever e para o envio dela. Com a freqüência das necessidades capitalistas, a sociedade passa a andar simultaneamente ao tempo, logo, a internet se torna grande aliada social. Digitou, recortou, colou, enviou. Taí o email. Taí o escarcéu de informação e subitamente o Tempo, repetidamente, tempo.
Para o século XXI é muito mais coerente se expressar numa rede que mais parece uma teia de aranha, ou melhor, um emaranhado de opiniões, de links muitas vezes fragmentados. Esta rede é uma representação da mente humana, na qual têm que ser organizadas e selecionadas as informações conforme as necessidades do "computador pensante".
Postar, esta é a palavra da minha Era, que tenta driblar o tempo comercial. Em outra Era, o maior drible estava relacionado ao valor econômico da folha de papel e da tinta, por isso que, em muitos arquivos da antiguidade, as palavras eram abreviadas, mas, hoje, por conta do relógio coercitivo a abreviação ou, melhor dizendo, o Internetês é feito em alguns emails, blogs, orkuts, sites de relacionamento e em outros meios de comunicação.
Do âmbito das cartas à leitura do texto digital, pouca coisa mudou, mas a mudança é significativa. A distância entre o articulador e o receptor continua imperando, porém os vídeos "mortos" ou ao vivos vão reparando a ausência do outro em curto espaço de tempo, mas em longa malha textual cada vez mais livre.
Existe um sistema, a adequação ou não a ele é o que contribui para os hábitos em sociedade, é claro, que esses hábitos são mutáveis e a mutação se dá com a coerência das exigências da humanidade. Navegar, hoje, é mais prático. Isso é o óbvio na teia textual do inconstante Tempo.
Jádison Coelho